A METAMORFOSE EXISTENCIAL

Eu continuo por aqui:

Vivo, cada vez mais vivo!

Morto, um pouco mais morto!

Os atos soltam as emoções

Que, ora me derrubam, ora me libertam.

Que fique lá atrás o que em mim morreu:

- Pedirei perdão pelos meus erros.

Que me acompanhe o que em mim nasceu:

- Pedirei a bênção de tais Graças.

A quem possa interessar:

Eu continuo por aqui!

Vivo, cada vez mais vivo!

Por mais que os sorrisos se afoguem!...

Por mais que os sonhos se desvaneçam!...

Por mais que a morte roube algo de mim!

Já tinha saudades das palavras-vida,

Aquelas que fazem bater o coração do planeta,

Ao imprimirem a alma numa folha de papel em branco.

Tirei férias de mim próprio por uns tempos

E interiorizei um pouco do Céu e do Inferno

Que existe dentro deste meu ser imperfeito.

Perdi-me para me reencontrar

Embora nunca o consiga por inteiro.

E eis-me aqui exposto, na erosão das fragilidades,

Às voltas com os desafios que não compreendo,

Que, aqui me derrubam, ali me libertam.

E, embora siga em passos trémulos,

Sorvo a energia das saudades mais profundas

Para dar corpo às palavras

Que, letra a letra, edificam a minha poesia

Atestando que eu continuo por aqui,

Vivo!

Sempre vivo!

Cada vez mais vivo!

Em pleno processo de evolução!

22.04.2018, Henricabilio

HENRICABILIO
Enviado por HENRICABILIO em 06/05/2018
Reeditado em 22/12/2018
Código do texto: T6328927
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