O MENTECAPTO
Encarcerado entre suas próprias paredes da memória;
Perdido no labirinto escuro da sua própria história;
Onde começa o fim e termina o início de uma insana sana inglória?
Vaga a lembrança, vaga aquele perambulante pela masmorra de sua mente preteritória.
A cela que se enclausura, prende o vaso refratário do pássaro que quer se libertar, mais e mais;
A cabeça viaja, e vê-se o horizonte por onde quisera então estar por um instante;
Não sendo o bastante, as ondas do seu cérebro, conflitam-se com eixos em espirais;
Respira o ser que expia, a prova da prova que se enveredou por caminhos bem distantes.
Quais são os ares que poderiam aliviar o teu vogar, pelo menos, por um pouco?
Em que estação terias tu o repouso para as rajadas dos ventos que te arrebataram?
Qual é o botão que se aciona para te restabelecer a interatividade do mundo de nós loucos?
Ei, por onde voas, pousa aqui, lembra...? a tua nave atua de acordo com a cor daqueles que decoraram.
Mas, como sempre, sempre haverá sempre um mas;
E por mais que se pense que não haja nada mais;
Saibas tu, pássaro infindo, que na espaço nave da sua mente;
Certo é que há uma caixa preta, que se registra tudo o que tu sentes.
PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)
13/04/18