O OLHAR DE SIMONE
 
Nem tanto o mar, nem tanto a terra,
nem tanto o que o olhar encerra,
ainda que se possa olhar.
Às vezes pleno, outras fugás,
que ternura está por trás
do teu jeito de olhar.
Difícil é tecer conjecturas
do que possa ter porventura
do outro lado do teu olhar.
O que toca realmente e tão somente
não é o que possibilita a mente
pensar o que tem o teu olhar.
Mais o que se pode ver
e tentar te conhecer
olhando no teu olhar.

 
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Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 18/03/2018
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