MORRER POR UM SEGUNDO

Quem dera saber o que se passa na cabeça dos que nascem e dos que se vão;

Ingratidão? Paixão? Raiva? Dever cumprido? Será o que pensa quem está partindo?

Arde o pobre coração;

Palpita, incongruentemente, em não saber sobre o divino.

Não queremos que os que amamos partam;

Mas partirão;

É profundo sonhar com tamanha vastidão;

Será que o bebê sabia que depois de crescer, os anos se vão?

São memórias de séculos atrás, carregadas durante toda uma geração;

Elas estão a par, e estas, nunca morrerão;

O neto sempre saberá quem foi o avô;

E o filho carregará, o que de sua família restou.