Olhos famintos
Comendo imagens
Comendo flashes
Raios de luz

Olhares famintoos
Colhendo sentidos.
Arrecadanto semânticas
Recolhendo vestígios.

Placas e avisos.
Premonições
Olhares famintos
Sedentos


Desejando água.
Chuvas.
Gotas de orvalho
e de lágrimas.
Suores e transpirações

Percorro a fome
Encontro carências
alimentares e alimentantes
Quanto mais se quer.
Mais se deseja
E, a fome de horizonte.
É infinita.

Os caminhos não se bastam.
Os cais não se bastam.

Palavras e silêncios não se bastam.
Sua suficiente poesia
exprime o seu olhar faminto,
seu olho sequestrador.
Cuja recompensa
é o sorriso ou
o enigma.

A manter-me preso,
ainda que arredio.
Dentro dessa existência...

Procurando sentido em tudo.
Vagando por imensidões ínfimas
E saltando
entre um e o outro.
 

Duelando com vida e a morte.
Até que o desafio seja cumprido.
Até que o kharma se esgote.

Dor.
Sofrimento.
Aprendizado
E, corte.
 
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 09/02/2018
Reeditado em 09/02/2018
Código do texto: T6249590
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