Olhos famintos
Comendo imagens
Comendo flashes
Raios de luz
Comendo imagens
Comendo flashes
Raios de luz
Olhares famintoos
Colhendo sentidos.
Arrecadanto semânticas
Recolhendo vestígios.
Placas e avisos.
Premonições
Olhares famintos
Sedentos
Desejando água.
Chuvas.
Gotas de orvalho
e de lágrimas.
Suores e transpirações
Sedentos
Desejando água.
Chuvas.
Gotas de orvalho
e de lágrimas.
Suores e transpirações
Percorro a fome
Encontro carências
alimentares e alimentantes
Quanto mais se quer.
Mais se deseja
E, a fome de horizonte.
É infinita.
Os caminhos não se bastam.
Os cais não se bastam.
Palavras e silêncios não se bastam.
Sua suficiente poesia
exprime o seu olhar faminto,
seu olho sequestrador.
Cuja recompensa
é o sorriso ou
o enigma.
A manter-me preso,
ainda que arredio.
Dentro dessa existência...
Procurando sentido em tudo.
Vagando por imensidões ínfimas
E saltando
entre um e o outro.
Duelando com vida e a morte.
Até que o desafio seja cumprido.
Até que o kharma se esgote.
Dor.
Sofrimento.
Aprendizado
E, corte.