MELANCOLIA IMERSA
Tarde azul e melancólica que esvai
Mar no qual o luar se espelha
Lágrima em sal que oscila e cai
Retinas que ardem tão vermelhas
Cavalos marinhos e sereias
Tão distantes na memória
Dor miúda que o olhar pranteia
Reminiscências da minha história
Tantos louros e arroubos tantos
Tantos castelos imemoriais
Tardes belas e cheia de encantos
Onde a alma fazia cais
Agora o coração jaz tristonho
Dores d'alma assim imersa
Se ainda vivo já não sonho
Se nada sei a morte é certa