Venho de tempos
que estão tão distantes
Cansado eu estou,
desposei da minha arma
Libertei o meu pobre cavalo cansado
Foram tantas as batalhas
e tantas as dores
Que tenho a alma rasgada e ferida,
sofrida!
Foram tantas as batalhas
e nem todas vencidas
Mas eu sempre soube render-me
quando perdido
Entregando-me ao meu Criador
e ao meu destino
Quis o meu amado Criador
me perdoar pelas ofensas
Das tantas mortes de almas inocentes
forjadas e ceifadas
Chorei ajoelhado entre os corpos
minha família já inertes
E vi a lei da causa e do efeito
sendo ela cumprida,  entre lágrimas
clamo por Deus!
Pai perdoa-me pelas minhas ofensas e
por todos os erros que eu aqui cometi .
Muitos dizem que foi em TEU NOME,
não foi, não! Nunca foi...
Foi em nome da ganância e
da chamada injustiça,
a lei do mais forte...
Empunhei espada na mão
e fui em frente
Cavalgando entre a escuridão
e a luz do amor
Estremeci em grandes tremores,
e no meu próprio ego,
fui o ator da minha briga
Mas na hora da despedida, eu chorei
Porque perdi a batalha da minha vida
Caminhando sozinho por caminhos
Sombrios e deveras sofridos
Onde está a minha família
Onde está o meu amor?
Será que valeu a pena...
Lavar-me em rios de sangue
provar da saudade merecida
e viver com a fome do amor!
Para ficar sozinho neste destino...
 
Paz profunda!
 



 
Betimartins
Enviado por Betimartins em 26/01/2018
Código do texto: T6236486
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