UMA MARGEM DE DESATINO

Existe e disso sei bem

Uma margem de desatino

De escolher o que me convém

Fugindo do tal destino

Se sou produto do meio

Se o meio é que me forja

Eu colho o que semeio

E não a colheita da corja

Existe um rumo traçado

Por onde devo seguir

Já desenhado no passado

A mostrar o meu porvir

Mas tenho uma margem de desatino

Atravesso o mar com pés descalços

Pisando leve como um menino

O destino perderá meus rastros!