Neurônios Rebeldes

Seus cadeados serrei na lima

Cadeias caem com minha rima

Ouço som dos grilhões no chão

Escravo da minha mente não

Quero ser ave, Jandaia, ter asas pra voar

Se for pra ficar na Terra, enraízo igual Baobá

Tempo que me leva vida, missão que intensifica

Fortaleça sua mente, simplifica, é o rap, fica dica

Se precisar elevar, orações, incensos, um chá

Beba tranquilo no quintal, lendo um livro ou jornal

Tempo, retorno e avanço com a ponta da caneta

Que inflama feito uma nave ao entrar ou sair do planeta

Passa na lua que ilumina a rua e nós que andamos nela

Milianos conectando, representando a favela

A dor e a delícia, sagrado, profano

Diploma do filho da empregada que deu a vida trampando

Arte sincera e sociedade espaço disputando

Várias faixa etária identificando com o que tão escutando

Adrenalina quando lembro que é nois memo orquestrando

Pra desocupado tenho uma responsabilidade e tanto

Luz de quebra, vim das ruas de Ribeirão Preto

A vida que Deus me deu agradeço, sou filho do gueto.