Entre o céu e o chão - Ilusões - VIII

... eu afundava

na pior lama quando

pensava compreender

o ser e a mim mesma,

eu afundava em meus

versos frios enquanto meu

corpo não era capaz de

enfrentar senhor algum,

eu afundava em lágrimas

por nada poder fazer

por mim e por meus

espelhos mudos e

turbulentos enquanto

minhas certezas e forças

rolavam em lágrimas

comuns,

eu afundava

nas minhas incertezas

e nas minhas dores

por ter tocado

apenas as superfícies

dos ecos e dos reflexos,

eu afundava

( necessariamente) na

minha humanidade para

com a força da carne

compreender que o

céu está muito distantes

das árvores que brilham

e daqueles que sobrevivem

com um pouco de mel,

eu afundava em luzes

e sombras enquanto

minha poesia continuava

extática aos ohos daqueles

que não compreendem o

valor dos abismos para

um chão mais nobre;

eu afundava e não me

envergonho da lama

que volveu meu

sonho torto...

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 15/01/2018
Código do texto: T6226252
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