VELHO AMIGO
Amigo
Nós corríamos perigo
Sobre aquela ponte
Sobre aquele monte
Porém, nós não temíamos o horizonte
Falávamos com o coração
Deixávamos fluir a canção
A palavra livremente nos saía
Alcançava a baía
A cidade
O país
Eu nem me importava se era aprendiz
...
Nos aventurávamos nos verbos
Nos versos
Íamos distribuindo palavras como quem segue semeando
Em terrenos férteis algumas sementes caíam
Pena que outras não
Elas ficavam abandonadas no chão
Havia responsabilidade no escrever?
Creio que era uma missão
Tínhamos sempre a caneta à mão