Quase alvorada...
Pisava eu, areias frias
De uma praia longe e despovoada
E era quase alvorada..
Bandos de pássaros,
Já faziam alegres revoadas
Quebrando o silêncio intrínseco
De uma mística madrugada
Adentrava em mim, um cheiro
Doce e perfumado
Uma sensação de paz inexplicável
Como quem:
Que a muito havia se perdido,
Houvesse se encontrado
Ícaro eu me sentia...
Em voos imaginários
Eu! Eu mesmo, um sem Deus!
Tinha sensações de gratidão,
A todos os Deuses,
Que outros já haviam me afirmado
Eu! Habituado a não ter esperanças,
Tinha ímpetos de querer amar...
E no amanhecer que foi se revelando,
Um lindo rosto de mulher
Sorriu pra mim...
Teu nome era Marília...
E era um sonho de mar..
Cesar Machado Sema