O tempo é mero ciclo
Busco na palavra poema
Molhada pelo orvalho da fé
E esperança de coisas Boas,
Mesmo que não tão novas.
A lógica
Real e Sincera.
- E o tempo passa...
- Por ser seu eterno Ofício:
O Passatempo.
E assim, cumpre meros ciclos...
Mas engana-se quem pensa:
Ser ele um tanto desatento.
E como Vendaval,
Ou calmaria,
Ele cumpre seu intento.
Aos poucos, Joga branca cal
Nas, já, desbastadas cabeleiras.
Entorpece, sem perceber,
Apressados passos
Agora, um tanto calmos e titubeantes.
E o tempo parece parar
Só para
O Amor
E o procriar.
Ele, ilude os jovens
Que julgam-se Eternos
No calor enebriante da felicidade
E do cotidiano.
Mas o dia passa...
Hoje e Amanhã também.
E ele, Agente dos destinos
Como cúmplice da criança desatenta,
Que não sabe ainda que ele existe
E assim, brinca alheia, meio a seus Anjos:
Pais, Irmãos, Amigos
E até estranhos
Que as protegem
Do Inexorável Amanhã!
Só aí...
O tempo parece Pausa
E faz pensar que o Futuro
É um tempo infinitamente distante.