Sinestesia Plena...
Todos os meus sentidos se cruzam
No sabor musical que perfuma as cores da sutileza
Onde vivo múltipla e inusitada sinestesia...
A fragrância de uma voz dourada
Propõe uma doçura cuja cálida rubescência livre sonha
Na unicidade do meu ser...
Não demorei a perceber o quão mágico é
Enxergar os calores de um som aromático e forma doce
No centro de minha secreta existência...
Numa noite de especial empatia
Meu paladar tateava a sonoridade fulvo-violácea
Do balsamo intuitivo que me fez tanger um sexto sentido...
Analogias entretêm em unidade o sumo da minha esphæra sensciente
Na olfação que vibra em carícias de vistosas symphonias
A emitir emoções de índigos gostos marítimos...
Ao provar da obscura tristeza do amargor
Desagradou-me a aspereza de um fétido estampido...
Assim quis somente permanecer na quintessência dos sentidos...
Da sensível consonância ao elemento de sua orbe real,
À comunicação ætéreo-imaterial expande enérgica mansidão
Na precognição que me convida a uma sinestesia extra-sensorial...
Sonho odorífero qual rubificado vibra em táteis e audíveis telepatias,
Quando ecoa no tépido brilho de suas palatosas harmonias
Liquefazem-me no Universo da Sinestesia...
Giuliano Fratin