Quando O Céu Tentou Nublar...
Às margens de um dúbio desfrutar,
Pela fuga do centro que a razão determina,
Aflorava-se melancólica alegria...
Depois, ao Sol minguante,
Optou pela sede ante as águas frescas...
Longe de castelos cobertos por paixões,
Molhando os lábios na ternura dos devaneios,
Avermelhava-se sóbrio e lúbrico...
Na letal cauda do escorpião
Já arriscou o óbvio de apenas não se ferir...
Quando sonhamos com as casas de nossos amores,
Nossos sentimentos occultos revelam onde ainda se abrigam,
Na busca de uma fortaleza Real mesmo sob as gotas do teto celeste...
Quem sabe chegaremos ilesos
Em tempo de adormecer segurando os planetas...
Caso não tenha corações para defender,
Dentro de um amor cristalífero
Apontarei os meus riscos...
Pensava que tua infância foste sofrida
Pelas tuas lágrimas que sigilavam fontes infindas...
Desfazem o teu medo de perder o beijo amado
Seios que te inspiram magna vida láctea...
Devolvem o berço dos teus lábios...
Giuliano Fratin