À Flor da Alma...
Um sábio olhar...
A ventania mysteriosa
Que anuncia o Anoitecer...
Flores lácteas de cálices purpúreos
Que se transmudam através das noites do tempo...
Alva luz, sutil iminência da Lua
Amanhece ao beijar as campânulas róseas
De uma incomensurável vida...
Em vales enternecidos
Que respiram o verdor nostálgico
De um espírito crepuscular...
Acolhe o eflúvio das tardes
Ao imanente amor das árvores;
Presencia a ternura de vossos olhos
Cujas sendas cristalinas são o que permite
Entrever a imutabilidade do Æterno...
No tênue fluxo de plenitude
A magia de um desabrochar genuíno
Onde a voz da Natureza se faz sublime verdade....
Giuliano Fratin