A Multíplice Analogia da Total Conjunção Sinestésica...
Encontra-se, em nostálgico horizonte, o perfume de uma voz violácea... A intuição da ígnea flor, por um céu áqüeo-flavescente, ainda encanta-se aquecida pelo sabor cromático de uma fragrância musical... Desvela-se, ante a carismática aurora, a harmonia de um odor argênteo... A percepção do níveo pássaro, por um lago lácteo-albescente, no entanto imagina-se a degustar o aroma dourado de uma sinfonia plumosa... Contempla-se, num crepúsculo remoto, a doce maciez de um phonema... O sorriso da flâmea pedra, por uma paisagem flóreo-rubescente, ao Fim ensonha-se pela orquestra de calor odorífero de um paladar purpúreo... Devaneia-se, sob um horário eterno, a melodia de uma cor veludínea... O destino da rósea nuvem, por uma imensidão méleo-viridescente, todavia transborda-se a ouvir a calidez perfumada de um flavor visual... Vivencia-se, em magistral celitude, a refrescância de um gemido lilás... O amor da rúbea libélula, por um astral cítreo-livorescente, por ventura conflui-se ao tatear a recendência sonora de uma azulina umamidade... Manifesta-se, em longínqua existência, a rubefação de um sedoso olfacto... A vida da áurea estrela, por um sonho brônzeo-luminescente, ao Eterno suaviza-se no exalar da tátil ressonância de um gosto luminoso...
Giuliano Fratin