INORDINATIONEM/DESORDEM
Aturdido entre o pesadelo e a realidade
Um sonho bom, recentemente, tinha o convencido
Onde havia gente, havia desordem, havia maldade
E o amor, gélido, procurando ser aquecido
Neste mundo sombrio, antítese do paraíso
Seus versos nem sempre refletiam luz e cores
Havia castas doentias, artífices de prejuízos
Inversão de valores, inextinguíveis tumores
Havia corpos que sangravam sem cortes,
Havia corações que pulsavam sem sentimentos,
Havia vidas que eram amigas da morte,
E epilepsia nos mais sensatos pensamentos
Seus olhos molhavam as palavras enquanto as escrevia,
Sua mente refletia sem dialética,
Seu sorriso não tinha alegria,
E sua poesia era cada vez mais hermética.