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Pesares e abstrações

nos sorrisos que se fecham

como flores que emurchecem

e que brota escuridão...

às horas

de carrascais, solidão

que medram qual mata anã

e espinham o ser tão sertão...

Hoje

se abriu uma nova sazão

e fustigou madrugadas

a dor fez-se em refração...

ao despertar nova aurora

trouxe alma e um novo albor

e à luz, ser que novo aflora

com faíscas de manhãs...

afora

o nevoeiro insepulto

veio cores pelo ar

flores e azuis quintais

e o vento sem mais tropeços

levou o singulto embora...