Sem ti, senti

Minhas vozes se acalmaram

Como o mar sequioso pela serenidade

Tua paz sussurra silêncios transparentes

Tortura é não suportar a felicidade

É como o barco que se distancia

Aceno pedindo que volte

Mas só rastros de espumas marinhas

Pintam o último quadro da solidão

Não é verdade que a vida termina

Morro todos os dias para sabê-lo

Sei que os momentos

O tempo se encarrega de guardá-los

Em gavetas desarrumadas

Pelos vestígios

Ninguém me disse

mas vi a miragem de minha vida

no deserto do não sei

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 20/08/2007
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