Revolta do poeta
Olhar sua face andarilha idosa
É ver-me um rasgo, em minha camisa cara de bolinha
Sufoca-me a garganta em um nó
Quando o sentimento ultrapassa em dó
Em meio a esta multidão
Sem perdão!
Entre Catedrais de vitrais artísticos
Coberta no manto ouro!
Um imploro! Não ouvido...
Uma adoração sem oração...
De um Deus, que perfeito esconde a piedade.
Meu olhar já de meia idade,
Cansado...
Deparo-me ao cajado
De mãos de um alguém calejado,
Ó! Deus, minha voz presa na garganta!
Te afronta-te em minha revolta!
Desta lida, estampada em minha cara
De poeta escandalizado.