Pulo no infinito

Um passeio suave

na alameda de árvores

que olhavam...que olhavam...

Alameda infinita...

Caminho de pedras ...

Perfume de mato...

Na solidão calma

sem vento nem grito.

Uma alameda sóbria

de horizonte afiado

onde coloco o pescoço

sob a lâmina suave...

Rente...

Plana...

Calmamente, assisto o sacrifício.

Em câmera lenta,

rola a cabeça,

jorra o sangue,

lava a grama...

E as árvores todas da alameda

espiam e apontam curiosas

aquele pulo no infinito...