NA CONTRA MÃO
Quando era para chorar eu sorri.
Quanto era para balbuciar eu cantei.
Quanto era para parar eu caminhei.
Quando era para jejuar eu me alimentei.
Quando era para cantar eu falei.
Quando era para deprimir eu rezei.
Quando para passear eu parei.
Quando era para finalizar eu sonhei.
Quando era para comprar eu ganhei.
Quando era para calar eu profetizei.
Quando era para ser o que eles queriam, eu me revelei.
O sol brilhou forte e eu não queimei.
O dia tornou-se pequeno e eu não desanimei.
O tempo ficou difícil e eu sonhei.
A paz tornou-se escassa e eu amei.
O material passou ser importante e eu me espiritualizei.
Os sonhos foram acabando e eu utopias encontrei.
As pessoas começaram a ser matar eu não chorei.
Deus passou ser o meu guia e eu vivenciei.
Tudo passou ser uma forte tensão e eu não me estressei.
Por isso que eu não me desviei.
E agora em alta idade nem sei se morrerei.
Vivo, vivo e viverei.
É isso aí!