BOI, BOI, BOI, BOI DA CARA-BRANCA

Para Rhuanna Oliveira

Difícil de confundir com o matadouro municipal
Que existia na Bárbara Heliodora,
Onde hoje é o Corpo Bombeiros;

Já o Frigorífico ficava na Rua Bahia:
Piscinas de água parada
Onde surpreendíamos os sapos;
Trilhos de ferro no piso,
Almas bovinas nas cumieiras
Acompanhando nossos passos.

Era um parque de diversões
Bem-assombrado pelo boi da cara-branca.
Na frente havia,
Para descarregar carros de caminhões,
Uma rampa.

Se o portão estivesse aberto
Atravessava-se o pátio entre os prédios;
A grandiosidade abandonada amargurava.

Atrás uma imensa paineira,
Sem agruras,
Enchia o espaço de nuvens
Contrariando a inerte chaminé!

- Lá vai o Botina!
Ou - Lá vem o Butina!
- Olha a dobradinha!
Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 15/08/2017
Reeditado em 15/08/2017
Código do texto: T6084657
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