ASAS QUE EU NUNCA TIVE

Era tão grande a dor

Que parecia subir

Pelas pernas de minh’alma

E chegavam às asas

Que eu nunca tive

Amoleciam meus pensamentos

Que eram feitos apenas de nuvens

Carregadas agora no sopro do vento

E eu fui desmaiando meu corpo

Como quem tem uma brisa

Descoberta soprando distante

E eu estivesse ali no relento

Nem sorrir eu sorria

Apenas lamentava as dores d’alma

Como se elas morassem eternas

Dentro dos ossos do meu corpo

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03.08.17

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 03/08/2017
Reeditado em 03/08/2017
Código do texto: T6073284
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