il n'y a pas de mosquitos
janelas abertas
postigos
castigos
picadas de insetos
mundanos
os planos
perdidos
nas venezianas
sem cores
odores
cobertas
acolchoadas
coceiras
inelutáveis
amáveis
bocas e brincos
as luzes
contra a parede
a sede
de conquistar
a rede
pra se deitar
e esquecer
das frutas
descoloridas
das dores
desapercebidas
das chagas
de um dia de vida
das teias
que tecem as aranhas
das manhas
de que não sabemos
que temos
nuances
e até a placenta
de que se alimenta
o que nos consome
e some
num beijo
de amor
Rio, 14/08/2007