O poema

O poema medita

sobre as chegadas,

os regressos, as ausências.

E os silêncios.

O poema é a fonte do canto,

é o alimento, o encanto

que se prolonga nas mãos,

no coração,

nos trêmulos pés

que tocam o chão.

É a luz do dia, da noite,

é o vento que vem

de uma terra distante,

em mágicos véus

que revelam o céu

de repente...

É uma prece alada

dentro da madrugada,

um fervor que à alma

ascende...

imenso como um mar

vestido de luar

ausente e presente.

Uma estrela, que devagar,

do firmamento se desprende

pra nos habitar,

eternamente.

(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 14/08/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T606124
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