O poema
O poema medita
sobre as chegadas,
os regressos, as ausências.
E os silêncios.
O poema é a fonte do canto,
é o alimento, o encanto
que se prolonga nas mãos,
no coração,
nos trêmulos pés
que tocam o chão.
É a luz do dia, da noite,
é o vento que vem
de uma terra distante,
em mágicos véus
que revelam o céu
de repente...
É uma prece alada
dentro da madrugada,
um fervor que à alma
ascende...
imenso como um mar
vestido de luar
ausente e presente.
Uma estrela, que devagar,
do firmamento se desprende
pra nos habitar,
eternamente.
(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)