Quando o piloto automático não comandar a nossa vida,
nem agirmos como aparelhos eletrônicos,
quando não mascararmos os nossos sentimentos,
poderemos perceber maravilhas
onde antes reconheciamos
logaritimos frios e lógicos!
Quando deixarmos doer a dor em nossas feridas,
deixarmos se abrirem sorrisos em nossas faces,
soltarmos as lágrimas, umas de mel, outras de sal,
que a duras penas temos reprimidas,
poderemos sentir de outra forma as nossas vidas
e não mais estaremos sós!
Quando não houverem falsos pudores,
despidos de nossas fantasias,
nossos corpos estarem prontos para o contato,
nossos pensamentos abertos, afeitos a outros pensamentos
teremos nossos horizontes ampliados,
libertos das ilusões, das miragens, nas quais encarceramos a nossa visão...
Quando perdermos nossos medos,
nosso espirito será espirito,
nosso corpo será corpo,
e não mais esconderemos flores em nosso peito,
e entenderemos o por quê dos seus espinhos
que se não tocados com carinho,
fazem nosso sangue tingir de vermelho as nossas pegadas
que são em nossos caminhos impressas no chão!
Edvaldo Rosa
11/08/2007
POESIA APRESENTADA NO 1° SARAU DO
WWW.SACPAIXAO.NET
NA NOITE DE 17 DE AGOSTO DE 2007