Insetos andam em nuvem...
Pensamentos andam perdidos.
Insetos inoculam seu veneno
certeiro
Pensamentos contaminam de incertezas
o mundo inteiro
Insetos voam.
Transcendem
Mutam de larva em larva.
Abandonam cascas, dejetos
e passado.
Pensamentos emigram.
Carimbam o passaporte
na consciência em meio
flashes, lembranças e bilhetes.
Encontrei aquele bilhete
de amor.
Havia um perfume lírico.
Na curvatura da letra
havia um capricho
A tinta em ton sur ton
Pequenas gotas íngremes
inatingíveis
Insetos bailam no verão
Insetos voam e posam
com a destreza
de deuses microscópicos
Pensamentos pousam no inverno
No silêncio gelado dos ventos
Pensamentos fixam-se em icebergs
E derretem corações sórdidos.
Queria ser um inseto para
passar perto de você...
Para pousar sobre sua mão
Acariciar-te
Imperceptivelmente.
Insetos copulam sem carícias.
Pensamentos pulsam
na delicadeza diária.
Em contingências milimétricas.
Soltam-se em abismos.
Cremam-se em fogueiras.
Adornam palavras
E fazem a locução da alma.
Insetos entendem a poesia
sincera do orvalho
Pensamentos constroem
o orvalho,
a chuva
e a catarse de existir
apesar de tantos fenômenos.
Somos satélites
que nunca foram moscas.
Pensamentos andam perdidos.
Insetos inoculam seu veneno
certeiro
Pensamentos contaminam de incertezas
o mundo inteiro
Insetos voam.
Transcendem
Mutam de larva em larva.
Abandonam cascas, dejetos
e passado.
Pensamentos emigram.
Carimbam o passaporte
na consciência em meio
flashes, lembranças e bilhetes.
Encontrei aquele bilhete
de amor.
Havia um perfume lírico.
Na curvatura da letra
havia um capricho
A tinta em ton sur ton
Pequenas gotas íngremes
inatingíveis
Insetos bailam no verão
Insetos voam e posam
com a destreza
de deuses microscópicos
Pensamentos pousam no inverno
No silêncio gelado dos ventos
Pensamentos fixam-se em icebergs
E derretem corações sórdidos.
Queria ser um inseto para
passar perto de você...
Para pousar sobre sua mão
Acariciar-te
Imperceptivelmente.
Insetos copulam sem carícias.
Pensamentos pulsam
na delicadeza diária.
Em contingências milimétricas.
Soltam-se em abismos.
Cremam-se em fogueiras.
Adornam palavras
E fazem a locução da alma.
Insetos entendem a poesia
sincera do orvalho
Pensamentos constroem
o orvalho,
a chuva
e a catarse de existir
apesar de tantos fenômenos.
Somos satélites
que nunca foram moscas.