Algemas e o Tempo

Algemas e o Tempo

E todas as vezes que vai dormir

Volta ao lugar em que padeceu.

Todas vez que fecha seus olhos

Percebe a mesma velha algema.

O presente é sem paz e guarida,

O passado é monstro do tempo.

A linha da vida quase rompendo,

Tenta calar a voz da lembrança.

Enquanto outra voz ainda longe

Suave, toca e pede uma chance.

Depois do ontem, sopros de paz.

Antes do amanhã seguro estará.

Espíritos ligados num só plano.

Ondas do além os transcendem.

Uma mão que se estende agora

Se oferece, segure, é segura.

O passado não vai ferir o futuro!

Lhe asseguro.

Paulo Victor

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 16/05/2017
Código do texto: T6001117
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