Algemas e o Tempo
Algemas e o Tempo
E todas as vezes que vai dormir
Volta ao lugar em que padeceu.
Todas vez que fecha seus olhos
Percebe a mesma velha algema.
O presente é sem paz e guarida,
O passado é monstro do tempo.
A linha da vida quase rompendo,
Tenta calar a voz da lembrança.
Enquanto outra voz ainda longe
Suave, toca e pede uma chance.
Depois do ontem, sopros de paz.
Antes do amanhã seguro estará.
Espíritos ligados num só plano.
Ondas do além os transcendem.
Uma mão que se estende agora
Se oferece, segure, é segura.
O passado não vai ferir o futuro!
Lhe asseguro.
Paulo Victor