Doutora

I

Vibrações não sônicas

chamam o meu ser,

coisas pós-biônicas,

mas escravas do prazer.

Talvez o torpe “ter”

seja vida lacônica

canto notas para ver

como sei soar eufônica.

E dessa forma que você afirma

que o objetivo em que se firma

é racional dentro da loucura.

Só eu entendo esse futuro

onde falar “sei” ou “juro”

não é uma forma de cura.

II

Tenho do corpo o doutorado.

Sou doutora em algo, então?

Acontece que estou do lado

que insistem em chamar de são.

E é por isso, colega meu

que não posso te dizer

coisas deste meu ser,

muito menos a de Deus

Como é composto

meu delicado rosto?

Com que célula nova

meu ser vem e prova

Que não estou aqui para

solidificar-te minha cara

e ser assim, “humana”?

Não sou quem se engana.

Sou dona da hora, como Deus fora

mas sou sua escrava como Judas;

porém não sou em nada traidora

eu só estou pedindo a sua ajuda.

III

Médicos também as vezes

adoecem e ficam meses

de cama, querendo caldo...

é só o juros do acre saldo

Quando isso ocorre, a reação

é alguém trazer sua inspiração

ela, portanto, é bem científica

e, quando bem estudada, fica

Como se fosse vinda desse espaço

se você cresse nos brancos braços

sentiria abraços vindo de marte até.

Anime-se, filho, compartilhe sua fé!

Ernani Blackheart
Enviado por Ernani Blackheart em 09/05/2017
Código do texto: T5994550
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