DESCRIÇÃO QUASE COMPLETA

O cerrado, os morros testemunhos, as grutas.

Passo nas ruas acordado olhando, cantando as estrelas.

E uma fria noite que me toca

Por quase completo

E ainda quase fico curtindo

Altas madrugadas de lembranças

De um passado muito menos

Ruim que este triste presente.

Meu passado já foi tão bom,

Mas o presente que ganhei

Não vale seu embrulho e fitas

No entanto, escrevo palavras malucas,

Que saem de mim

A procura de um paradigma

Que nos conduza ao céu

De um amor louco por ti

E muita vontade de sair cantando estrelas

Descortinando a vida que

Não pedi para ninguém!

Estivemos tão presos

Numa sensação de querer demais

Mas agora nem sequer almejamos,

Queremos um pouco menos

Em tudo quanto há no mundo,

Depois de tristes glórias

E paz na terra aos poucos

Que vivem da esperança

De ter talvez uma luz

Que ilumina o caminho de cada um.

Cristalina – GO, 2010.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 09/05/2017
Código do texto: T5994469
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