Adio
Falo das vezes em que
dediquei com zelo e afinco
verso e prosa a uma causa
sem nexo, sem ver... por quê?
É que as vezes brinco
e caio em cena falsa
ilusória e castrante,
o dia não será o mesmo
sem a poesia errante
do rapaz latino americano,
e a isso se some no cosmo
o sumiço doidivano
do rapaz impaciente
nas profundezas da mente
em tentar achar, puramente,
sensatez em verbos presos
que fossem estopim incerto,
utópico, de mundos coesos
reais, de um fim deserto
e estamos fardados ao caos,
mas que venha direcionado
ao bardo tresloucado
caos que seja, pois,
pacato, enfim, aos dois
e me afogo, docemente,
nos verbos rebuscados,
e, quem sabe, um dia, a mente
cobre o preço da estadia
de sonhos tão pesados
e estaremos nesse dia
a curtir a agnosia
de um canto medonho:
a melodia de outro sonho!