Afluentes
O terceiro pesadelo
e a quinta sinfonia
hoje cantam em desmazelo
mal-estar e euforia,
com histeria e destoantes,
feito o agora no antes,
vejo, pois, dançar as águas,
infindas na minha mente,
a ocultar guerras e mágoas
numa vontade reluzente
de atravessar rios e pontes
desbravar novos mundos
sob luz, cheiros e vestes
de futuros em gerúndios,
mesmos filhos capitulados
que voltaram arredios
a brilhar no sei e não sei,
maniqueisticamente,
absolutos sem rei
sob a sombra da mente...
"Há de ser tudo na lei!"
Filhos rebeldes sem pai
penumbras às idéias
que se diga ao menos um "ai"
e se assanham as colméias
do teto da minha cabeça
sem que ao menos pereça
na plenitude dos dias!