NETUNO NA CASA DOZE
Feixes de neon na carne nua ,a lua, em luz se atirando nas janelas
Olhos perdidos de tanta informação, tesão explode-nervos fervendo as artérias
Venéreas línguas que engolem a matéria,espera é coisa que não há de acontecer
Urgência fulgurante dos sentidos, gemidos, sigilo ,prioridade indecente do prazer
Cores diferentes e sabores, se fundem, travestidos de loucura e vício
Marionete dos sentidos e do gozo, um rosto se contorce num orgasmo sob ricto
Sabor e cheiro de álcool puro,sussurro, fogo que assassina feito incêndio
Se derrama e berra me ama, Neurose e Nirvana, corpos expostos em vilipendio
Fumaça entorpecente e incensos, momentos de vadiagem sobre a Terra
É a tara infinita e violenta,sedenta, pecaminosa ilusão etérea
Acorda e percebe que foi sonho ,medonho! As luzes se apagaram, e agora?
Veste a alma, se levanta, limpa a cara , prepara, pro vazio te engolirá lá fora
(Saudade do tempo da verdade.
O perigo de viver uma ilusão é o vazio te aguarda no final)
( Ao ? )