Saideira... de hoje!
E para findar o dia
ébrio em versos e alegria
avisto distante recaida
da condição decadente
em ida, e volta, esquecida
e, feliz, permanente,
o olhar de sempre na mente
perene, e foz, e afluente
a quebrar mil fronteiras
da raiz da velha ordem
em cores, e sons, e jardins
de corações que invadem
estradas de meios sem fins,
me vejo a pensar, então,
o passo falho do "não"
a rir de um dismórfico
rei de frevo e maluquez
e avanço, e teimo, e fico
no reino da embriaguez
lúcida, cômico e trágico