Escada Imaginária
Escada Imaginária
Hoje busquei uma escada imaginária,
Queria ficar mais perto do silêncio e das estrelas,
Ouvir as batidas do meu coração e ficar comigo mesma.
Talvez, um telhado seja suficiente para assim reavivar-me,
Com o corpo entre as telhas e apenas a imensidão do céu,
Que despe minha alma e me agasalha como um véu... Véu de cintilante brilho, onde organizo sonhos perdidos,
Enxugando as lágrimas que outrora pareciam cristalizadas,
Respirando profundamente e apaziguando o que antes era doído.
E, confirmei que o amor é mais que um encontro genuíno comigo mesma,
Trás consigo a nobre autotranscendência inata da existência humana,
Onde olhamos para o lado, para além da individualidade, para o outro ou algo mais.
E, tal como a genial capacidade óptica que independe de ver a si mesmo,
Vamos expandindo a capacidade de apreender o que se passa ao nosso redor,
Vislumbrando mais estrelas e dilatando, praticando o que temos de melhor,
E, o Amor que primeiramente precisamos carregar, cada um consigo,
Vai posteriormente, secundariamente sendo dividido com os outros, se expandido...
Dando-nos sentido, enchendo os vazios, ao olhar pra fora, para o imenso "infinito" que está a nos chamar.
Juliana Martorelli
Homegem à Viktor E. Frankl