Estelar
Sigo os passos do mundo.
É pelo caminho das noites
quando as estrelas mais brilham
que meu canto profundo
se asila sob as asas do mundo.
E dentro do meu ser, os vultos sutis
da perenidade
da essência da vida
acreditam nessa eternidade.
É quando surge aquele que ensina
sob a sombra dos ventos cortantes
que há uma luz que sempre ilumina
o mapa do caminhante.
E a poesia é então esse canto
que se enovela de estrelas
e que de rocio banha o coração
num jardim suspenso em aurora
num tempo sem dia,
nem noite, nem hora
como um roçar de anjo nas mãos.
(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)