Estelar

Sigo os passos do mundo.

É pelo caminho das noites

quando as estrelas mais brilham

que meu canto profundo

se asila sob as asas do mundo.

E dentro do meu ser, os vultos sutis

da perenidade

da essência da vida

acreditam nessa eternidade.

É quando surge aquele que ensina

sob a sombra dos ventos cortantes

que há uma luz que sempre ilumina

o mapa do caminhante.

E a poesia é então esse canto

que se enovela de estrelas

e que de rocio banha o coração

num jardim suspenso em aurora

num tempo sem dia,

nem noite, nem hora

como um roçar de anjo nas mãos.

(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 01/08/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T588542
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