ALFORRIA

DEMOREI MUITO PARA DIZER TEU NOME :

- E QUANDO O DISSE

NÃO HOUVE FACE

OU CORPO.

SÓ A TUA POEIRA ALFORRIA -ME NA ESTRADA

- SEM CALÇADA

OU ASFALTO .

SOMENTE MASCARAS ALTAS .

BARBA DE LIMALHA DE MARFIM.

AGORA TE ACENO

COMO SINO DE GADO E ROUPAS

DE SUPERABUNDANTE VULTOS

- JAMAIS SERAS TUDO

-DO NUNCA FICARAS DE MÃOS ESQUECIDAS.

O ANDOR DAS MÃOS POSTAS

-SECAREI NO SILENCIO DA ESTIAGEM.

COMO O CHÃO SECANDO-SE AOS POUCO.

ASSIM ANOITEÇO-ME COM A PALMA DE MINHA NOÇÃO CERRADA.

NUNCA DESEJEI ESPALHAR LUZ

- NEM A ESCURIDÃO DA MADRUGADA ME OCULTA.

SOU DE TUDO UMA FATIA :

- E O LUGAR QUE PEÇO O FIRMARA

E FICARA

SEMPRE FECHADO PARA ACORDAR.

E SEMPRE ABERTO PARA MATAR-ME

- AI!

DE CERA

E PAVIO

INDULGENTE!

Rafa Lourenço
Enviado por Rafa Lourenço em 15/01/2017
Código do texto: T5883033
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