Mãos

Tão somente as mãos conversam

Falam com medos muda maestria

Digitais assinando no ar

Versos escritos no éter da saudade

Palavras nada são sem as mãos

Mãos nascidas mentais

Escrevem um carinho

Quando de mansinho

Transcrevo teu olhar

Mãos devoram o tato

Sentem de fato

o que o coração acena

A fome de um caminho trilhar

O é, não por fortuna dos pés

Mas às mãos o tempo caleja

Entrega de bandeja

A vida em um estalar

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 01/08/2007
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