Mãos
Tão somente as mãos conversam
Falam com medos muda maestria
Digitais assinando no ar
Versos escritos no éter da saudade
Palavras nada são sem as mãos
Mãos nascidas mentais
Escrevem um carinho
Quando de mansinho
Transcrevo teu olhar
Mãos devoram o tato
Sentem de fato
o que o coração acena
A fome de um caminho trilhar
O é, não por fortuna dos pés
Mas às mãos o tempo caleja
Entrega de bandeja
A vida em um estalar