Dai-me asas
Não sei voar, mas o céu é infinito...
O azul vai esmaecendo.
Empalidecendo.
E, depois, anoitece-se
Mergulhar nossos sonhos
no brilho solitário da lua.
Dai-me asas.
Deixai arremessar meu corpo
ao vento,
Deixei-me pousar no abismo
Descobrir caminhos.
Vestígios.
Resquícios.
Perder-me e achar-me.
Achar-me e perder-me.
E, entre a descoberta e a perdição
Sobrevoar os limites improváveis.
Do que me adianta
ter chaves,
saber segredos e senhas.
Descobrir mistérios
já desvendados?
De que me adianta cochichar,
sussurar,
blasfemar,
enfurecer-se discretamente
Parecendo sutil e educada...
Quero sentir a fúria dos titãs.
Quero conter a anima serena
num corpo ardente.
Incandescente de aventura
Dai-me asas
Não precisam ser boas
Não precisam ser novas
Meus sonhos nem são inéditos.
Minhas ambições todas são reprises,
são redimensões,
são reedições atualizadas
da dinâmica contemporânea.
Não quero voar de foguete.
Quero asas.
Preciso ter a fragilidade dos passarinhos.
Quero penetrar delicadamente nas profundezas
Quero deflorar a pureza
dos inocentes, dos ingênuos
e dos distraídos.
Quero invadir lascivamente
os flancos, os ossos,
mas sobretudo
assaltar espíritos...
Saquear pensamentos.
Mantimentos obscuros de alma.
Sequestrar alegrias...
Abandonar tristezas.
Quero saquear o momento
Aprisionar o flash
de dentro de seus olhos
E, num álbum secreto
e sigiloso.
Recolher recordações.
Como se fossem selos.
Enfim,confidenciar-lhe
o que é sobrevoar o infinito,
o abismo e
a terra inóspita de um coração
anarquista.
Dai-me asas.
Não quero conquistar o mundo.
Só desejo apenas
voar impunemente.
E ter finalmente
a noção de meu ínfimo
tamanho neste vasto multiverso.
Não sei voar, mas o céu é infinito...
O azul vai esmaecendo.
Empalidecendo.
E, depois, anoitece-se
Mergulhar nossos sonhos
no brilho solitário da lua.
Dai-me asas.
Deixai arremessar meu corpo
ao vento,
Deixei-me pousar no abismo
Descobrir caminhos.
Vestígios.
Resquícios.
Perder-me e achar-me.
Achar-me e perder-me.
E, entre a descoberta e a perdição
Sobrevoar os limites improváveis.
Do que me adianta
ter chaves,
saber segredos e senhas.
Descobrir mistérios
já desvendados?
De que me adianta cochichar,
sussurar,
blasfemar,
enfurecer-se discretamente
Parecendo sutil e educada...
Quero sentir a fúria dos titãs.
Quero conter a anima serena
num corpo ardente.
Incandescente de aventura
Dai-me asas
Não precisam ser boas
Não precisam ser novas
Meus sonhos nem são inéditos.
Minhas ambições todas são reprises,
são redimensões,
são reedições atualizadas
da dinâmica contemporânea.
Não quero voar de foguete.
Quero asas.
Preciso ter a fragilidade dos passarinhos.
Quero penetrar delicadamente nas profundezas
Quero deflorar a pureza
dos inocentes, dos ingênuos
e dos distraídos.
Quero invadir lascivamente
os flancos, os ossos,
mas sobretudo
assaltar espíritos...
Saquear pensamentos.
Mantimentos obscuros de alma.
Sequestrar alegrias...
Abandonar tristezas.
Quero saquear o momento
Aprisionar o flash
de dentro de seus olhos
E, num álbum secreto
e sigiloso.
Recolher recordações.
Como se fossem selos.
Enfim,confidenciar-lhe
o que é sobrevoar o infinito,
o abismo e
a terra inóspita de um coração
anarquista.
Dai-me asas.
Não quero conquistar o mundo.
Só desejo apenas
voar impunemente.
E ter finalmente
a noção de meu ínfimo
tamanho neste vasto multiverso.