Dois Mil e Dezessete
Persigo um sonho
Que se para mim não for
Que seja para minha filha, filhos dos meus irmãos-amigos
Para o que irá nascer , que usufruem
De um contexto onde haja
Menos dor e mais amor
Que o nascido no ano vindouro
Chegue a um mundo menos medonho
Este lotou, está infestado da cobiça pelo ouro, do roubo
Do estouro da falta de vergonha para a usura
Onde para muitos o saber e o mando
É para locupletar as custas do frágil, do ignorante de si
Arrocho de vida! quartinho de entulho do ideal!
Daqui resta vagabundear por quimeras
Dar-se por satisfeita, alimentar das “gororobas” , sonhos
Sabendo que são imprestáveis para satisfazer o espírito
Valho-me do olhar para frente
Dois mil e dezessete
Com o pesar das mãos que lanço para os céus, sinalizando estar desarmada
Rogo o envio de vozes dos sugestionadores, que venceram e estão noutra
Busco aliados, instância de luz
Que nos ajude!
Canalizando aporte para a raça falida
Às margens de poder ser vencida por si mesma
Oh! refugiados, desertores!
Que cozinham os corações na realidade crua
Do não tem jeito não
Vivam sem teto para abrigo... mas não desistam!
É sabido que passaram sentir enfado
Ao olhar para a dança macabra
Do querer ter e não poder
Isso, aquilo e aquele brinquedinho outro
Coisas, coisas, coisas
Somente coisas
Rodam, rodam, rodam
Entre querer e coisas
Pai nosso! Está nos céus?
Que germine na natureza-mãe!
Causa primeira humana
O nascer do novo, no ano novo