QUEM IRÁ SABER?

Olhos longínquos, secos, sem vida e indefesos.

—Direi que é o tempo?

—Talvez.

—Direi que é a dor?

—Quem irá saber?

—Direi que é o excesso.

—Quem sabe?

—Já sei! É o vento que trouxe, que levou, que não trouxe e muito menos levou.

Movimento contínuo...

Cheio de preocupações...

Tempo que não pede licença; repleto de marcas e conspirações.

Alegrias fugazes, torpes e, às vezes, intensas.

Dores sem vida e até mesmo inequívocas neste mar de alucinações.

Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 07/12/2016
Reeditado em 02/07/2020
Código do texto: T5846881
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