QUEM IRÁ SABER?
Olhos longínquos, secos, sem vida e indefesos.
—Direi que é o tempo?
—Talvez.
—Direi que é a dor?
—Quem irá saber?
—Direi que é o excesso.
—Quem sabe?
—Já sei! É o vento que trouxe, que levou, que não trouxe e muito menos levou.
Movimento contínuo...
Cheio de preocupações...
Tempo que não pede licença; repleto de marcas e conspirações.
Alegrias fugazes, torpes e, às vezes, intensas.
Dores sem vida e até mesmo inequívocas neste mar de alucinações.