Ronda da alma

Busco o teu caminhar.

Que não agonize nunca,

pois realiza a perfeição

de ser fonte, de ser gruta.

Que permaneça essa essência plena

de céu e que venha sempre

nesse vôo maturado

de pétalas e a ciência

de que as horas de ausência

não têm presente

e não têm passado.

Ao longo dos olhos

não há fantasmas

pelos oceanos.

Os faróis da alma detectam

as sombras que não nos amam.

E enquanto vamos aqui e ali,

em luas cruzando,

sobre pedras marchando,

realimentamos,

com nosso sangue,

o sumo da terra na rosa,

na varanda da alma

desabrochando.

(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 29/07/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T583679
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