O PRANTEAR DOS ASTROS
E eles nasceram, sim, do ventre - luzes saíram
Entre raios incandescentes suas auréolas brilharam
Seus tentáculos como tantos astros também aderiram
Sob os pés das mais altas magnitudes, e la ficaram
E viram ao chegarem, que um bloco estava ali a brilhar
No inóspito, como pendulo no vai e vem do vazio celestial
Que no olhar divino provedor jubiloso sempre a contemplar
A sua majestosa criação que é também mais que tanto mortal
Anos luz, milhões e bilhões, ornando os sete céus
Regalos tem quem converge atônito e serio
O cristalino a fitar alem do azul e do ofuscante véu
A madre universal, geradora de tantos mais mistérios
Fim do ciclo, a vida definha, a fulgência apaga
Um deles está moribundo, morrendo e chorando
Os que o voltejam derramam cálidas lavas
De dores queimantes por uma vida findando
E as gotas de luzes caindo dos seus prantos
riscam o glamour dos céus infindos ate se perderem
Na amplidão vazia dos míticos azuis mantos
Que ocultam os mais remotos ainda a arderem...
José Braz da Costa