O PRANTEAR DOS ASTROS

E eles nasceram, sim, do ventre - luzes saíram

Entre raios incandescentes suas auréolas brilharam

Seus tentáculos como tantos astros também aderiram

Sob os pés das mais altas magnitudes, e la ficaram

E viram ao chegarem, que um bloco estava ali a brilhar

No inóspito, como pendulo no vai e vem do vazio celestial

Que no olhar divino provedor jubiloso sempre a contemplar

A sua majestosa criação que é também mais que tanto mortal

Anos luz, milhões e bilhões, ornando os sete céus

Regalos tem quem converge atônito e serio

O cristalino a fitar alem do azul e do ofuscante véu

A madre universal, geradora de tantos mais mistérios

Fim do ciclo, a vida definha, a fulgência apaga

Um deles está moribundo, morrendo e chorando

Os que o voltejam derramam cálidas lavas

De dores queimantes por uma vida findando

E as gotas de luzes caindo dos seus prantos

riscam o glamour dos céus infindos ate se perderem

Na amplidão vazia dos míticos azuis mantos

Que ocultam os mais remotos ainda a arderem...

José Braz da Costa

José Braz da Costa
Enviado por José Braz da Costa em 19/11/2016
Reeditado em 04/06/2017
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