seria a Morte o sujeito oculto que sempre persegui?
Não se diz bom dia lembrando que logo não será,
tão rápido nos transforma e a vida a ciência de acordar.
Que seja bom o que nem sempre começara bem
pois que finda mesmo não querendo tudo o que há.
É o ditado, quem muito fala dá bom dia à cavalo.
Eu cumprimento cada coisa: bom dia, bom dia!
Saúdo um estranho que passa, com flores eu falo
e canto desarranjado na busca desse um bom dia.
A gente miúda segue em frente olhando para traz,
fazendo cara de paisagem, fingem ignorar os sinais.
Festejamos o brilho na brevidade sorvendo as horas
até que o tempo chegue ao Tempo e então despertos
fazemos mais uma vez a antiga primeira pergunta:
seria a Morte o sujeito oculto que sempre persegui?
Baltazar