seria a Morte o sujeito oculto que sempre persegui?

Não se diz bom dia lembrando que logo não será,

tão rápido nos transforma e a vida a ciência de acordar.

Que seja bom o que nem sempre começara bem

pois que finda mesmo não querendo tudo o que há.

É o ditado, quem muito fala dá bom dia à cavalo.

Eu cumprimento cada coisa: bom dia, bom dia!

Saúdo um estranho que passa, com flores eu falo

e canto desarranjado na busca desse um bom dia.

A gente miúda segue em frente olhando para traz,

fazendo cara de paisagem, fingem ignorar os sinais.

Festejamos o brilho na brevidade sorvendo as horas

até que o tempo chegue ao Tempo e então despertos

fazemos mais uma vez a antiga primeira pergunta:

seria a Morte o sujeito oculto que sempre persegui?

Baltazar

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 10/11/2016
Código do texto: T5819134
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