FERIDA ABERTA

Esta ferida aberta

Que carrego em meu peito,

Flor de carne descoberta

A ela, contente me sujeito

E a dor que em mim desperta

O seu sentido eu espreito

Pois que me serve de alerta

Por esse caminho estreito.

Flor comigo nascida

Na viagem é companheira

Me faz ver que a saída

Não está na alegria alcoviteira

Que faz a dor ser escondida

Por uma felicidade passageira

Amor de uma noite vendida

Ilusão de aparência faceira.

Minha ferida, minha flor

Companheira de todas as horas

De minha vida és o motor

Que me faz buscar auroras

Com sóis de eterno fulgor

Que vislumbro entre demoras

Que busco com todo fervor

Enquanto de mim te assenhoras.

Silva Edimar
Enviado por Silva Edimar em 06/11/2016
Código do texto: T5815062
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