O brilho dos olhos
Pra quem tem o brilho da arte nos olhos
Consegue ver a centelha de dentro dos seres
Para que as coisas não reveladas sejam em nós
Um composto primordial
Para que o erro seja um fator e a dor uma nova criação
A ambição não seja câncer do amor
E esperança nova ilusão.
Para que os corpos se encontre
E reações químicas diversas aconteçam
Em todas as cores e bonitezas.
Para que a certeza não me cegue
E a verdade seja absoluta incerteza.
E que a dureza volta e meia nos carregue,
E que nos traga de volta a beleza.
Para que o brilho do sol e dos olhos possam forma os mais belos diálogos.
E que emfim a esperança nunca se perca.
Por vias e comunicados
Embricados e iletrados
De sons e variados tons
Um milhão de cores e batons
Para que a centelhas nuncas se apague e a emoção se renove em onze ou mais dimensões ou em mil e uma dialéticas
Panta rei e mais além plantarei na eternidade
E no sonho ébrio o olhar louco desse devaneio
Que faça-se luz e cor e som e música e tonalidades e cheiros diversos e paladares e contatos corporais energias ancestrais.
Alguns dias amenos um segundo a mais e jazz.