NO OFUSCAR DA MENTE
Volto a rever - te envolto em brancas nuvens,
Em meio aos gestos que a solidão confunde,
No limiar em que o tempo e a razão se fundem.
Entre floradas de gentis paisagens,
A reabrir no sonho em média luz e claridade,
Envolto em peças a influir na amenidade.
Impregnando o ar a exala doce perfume
Dos olhos surge inigualável queixume,
A buscar no aconchego um dom de lume.
É entre o estar que me vem esta passagem
No aflorar do riso após imensa tempestade
Brinda - nos o sol em sua potestade.
E posso mergulhar na claridade que encanta,
O suave veneno desse amor que imanta,
Envolve - me na paz o afago da lembrança.
CRS 24.07.07