CORPOS ESTÉREIS
Adrede às conspirações do metafísico
O tempo se coagula dentre as horas do éter,
As manifestações astrais têm sabor insípido
Perante as frinchas continentais do uréter.
Destarte a eloquência que assanha as tempestades,
Veem-se um comboio de estrelas do universo
Que migram sob pontos cardeais em calamidades
Descrevendo sinuosas paralelas de teor perverso.
Nas galáxias semideusas que acenam distante
Há cosmos virgens e de transparência desnuda
Que aprisionam meteoros e os deixa avante
Numa condensação assimétrica, estéril e surda.
Assim os séculos se acumulam em quartel
Diante da imensidão psíquica e do seu papel!
DE Ivan de Oliveira Melo